18 de fevereiro, Dia de Combate ao Alcoolismo

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     Data destinada a conscientização do Alcoolismo, mas para que esta data, afinal, beber é bom e todo mundo bebe, não é nenhum crime beber para relaxar, curtir e ficar alegre, onde tem bebida tem alegria, beber ajuda dar um tempo para os problemas, são tantas tristezas, confusões e desilusões, ninguém é de ferro, “também sou filho de Deus” eu também tenho os meus direitos...
     Nesta data de 18 de fevereiro, esta cai exatamente no sábado de Carnaval, onde beber é a melhor fantasia dos foliões de Momo. Compreendendo que Momo = (reclamação) era uma das filhas que a deusa Niz, personificação da Noite, que o teve “sem” um pai (Hesíodo em Teogonia) ou com (Érobo ou ainda Érobos) na mitologia grega – a personificação das Trevas ou a Escuridão. Portanto, Carnaval – carne vale ou Vale a Carne!
     Vou vestir minha fantasia preferida - Eu vou beber, beber até cair...
     Ninguém que começa beber o faz acreditando que irá se tornar um alcoólatra, afinal, beber é ato social e agregador, assim como de celebração a vida, neste entendimento o faz acreditando estar saboreando e se divertindo, se dando o direito de ser “feliz”, mas será que beber é o mesmo que tornar-se um(a) alcóolatra, ou ainda, obrigatoriamente tenho que “entornar todas”. Então, qual a diferença entre beber certa quantia de bebida alcóolica e tornar-se um(a) alcóolatra? Na dúvida, beba com moderação, e não solucione seus problemas por meio da ingestão de bebidas alcóolicas!
     Os argumentos se repetem: não sou bêbado(a), apenas tomei umas a mais hoje, a festa estava boa; eu não iria deixar de aproveitar, tinha bebida a vontade; para aguentar esta mulher (este homem) só bebendo mesmo; Bah! Perdi meu emprego, quero mais é não pensar; ganhei um carro novo tenho de comemorar entrando na garrafa; ou seja, beber porque está frio e bebe porque está quente!
      Preste atenção:
      Fatores convergentes à possibilidade do alcoolismo:
•    Facilidade de acesso a bebidas alcóolicas;
•    Associação do álcool ao ambiente social, ao prazer e à diversão;
•    A glamourização do consumo de bebidas alcóolicas;
•    Histórico familiar de abuso de bebidas alcóolicas;
•    Contato precoce com as bebidas alcóolicas;
•    Problemas de saúde mental e existenciais não resolvidos.
      Sinais de embriaguez  
      Os sinais de embriaguez são comuns e convergentes a possibilidade do alcoolismo, são eles: euforia, alterações no comportamento, perda da timidez, emotividade exacerbada e, em alguns casos, propensão à agressividade.
     Sinais do alcoolismo
      Estes vão muito além da intoxicação por álcool, portanto, não relativize comportamentos e ações tais como:
•    Beber sozinho(a) e distante de eventos sociais;
•    Continuar bebendo mesmo quando percebem que estão se afastando da família e das amizades;
•    Demonstrar agressividade quando confrontados;
•    Dificuldades para parar de beber mesmo estando embriagado;
•    Manifestar paranoia e alucinações;
•    Tentar esconder as evidências do consumo de bebidas alcóolicas;
•    Apresentar sinais como: perda de memória, tremores, insônia, e falta de apetite.
Alcoolismo é uma doença desenvolvida e não uma questão moral!            
       Portanto, são pertinentes e eficazes o acolhimento e o limite saudável, assim como, a não relativização dos movimentos convergentes para com os sintomas manifestos do alcoolismo. Lembrando, trate os(as) alcóolatras como um(a) doente e não como um transgressor(a) moral, isto não quer dizer – passar a mão na cabeça, mas sim, ser afetivamente firme, auxiliando e emprestando o ego ao alcóolatra no enfrentamento do alcoolismo.
  Procure ajuda profissional: Psiquiatra, Psicólogo(a), AAs, CPAS AD, SUS, ...
 Será que existe felicidade sem a ingestão de bebidas Alcóolicas?
     É possível a Felicidade sem as bebidas alcóolicas, a cultura da felicidade por meio da adição de bebidas alcóolicas é uma falácia. Ninguém se torna mais bonito(a), mais competente, mais “macho”, mais forte ou feliz, porque bebeu “todas”. Apenas embriaga a não atribuição, a baixa autoestima, o bom senso, o cuidado, a noção de perigo e a sensatez, ou seja, você se ludibriará, vivendo apenas uma euforia causada pelo álcool, portanto, entorpecendo não apenas a você, mas também a realidade. Um ébrio alcoolizado, geralmente, dá um “porre” de preocupação aos seus entornos. 
18 de fevereiro, Dia de Combate ao Alcoolismo

      Dia de convocação a sociedade, como um todo, a perfilar-se ao bom combate, onde este, reside em não destruir pessoas, mas sim, prevenir, salvar e recuperar possíveis diagnosticados da dependência alcóolica. Não há como relativizar, a bebida alcóolica, apesar ser uma substância lícita e social, ela causa sim – dependência. Até mesmo por ter um caráter social, afinal, ouvimos diariamente a senha convocatória – “beber com moderação”, esta, é uma expressão que relativiza e licencia a ingestão das bebidas alcóolicas, neste desentendimento ou licenciamento torna-se usual e justificado para quem tem tendências ao escapismo da razoabilidade e da saudabilidade a livre ingestão dos inúmeros apelos pessoais e institucionais. 

Celebrar a Vida é também preservá-la!

Carinhosamente, 
Sejam Felizes!

Autor. Cedaior da Silveira

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